sábado, 29 de setembro de 2012

Frases de um autor embriagado

O mundo precisa de amor
As mulheres precisam de companheiros
Os homens precisam amar
O amor não deve ser injusto
O amor não pode ser egoísta
O mundo é injusto
A vida é injusta
O homem é injusto
O amor não é bilateral
O companheirismo reina
Poligamia gera confusão
A vida gera confusão
Monogamia gera confusão
O pensamento gera confusão
A solidão gera confusão
Confusão gera palavra
Palavra gera vida.

Vida gera tudo.

domingo, 9 de setembro de 2012

Permissões

Visto-me de fantasias de um tempo esquecido
Onde estão as corredeiras que me levavam ao céu?
Me permito esquecer e seguir adiante
Me permito esquecer daquele último beijo

Me tranco nos planos que foram feitos
Me perco no tempo que foi vivido
Me permito te deixar voar pra outros ares
Me permito apenas te olhar ao longe

Sinto saudade do que fomos
E me pergunto o que seríamos
Não me permito pensar em algum futuro
Me permito ser sujeito a contradições

Me permito te ver viver.
Quem sabe em outra vida?
Fora de suas crenças.



domingo, 12 de agosto de 2012

Ausência do ser.

Valores invertidos. Sentimentos de culpa
Sinceros arrependimentos pesarosos
Mostro desgosto em meio a vida
Em meio a decepção dos sinceros objetivos

Mostro a máscara de argila que cobre minha face
Que suja o meu corpo, minha alma
Transforma em cimento, estático a realidade
Ludibriando o pensamento inerente do ser

Idéias pérfidas.Noites em claro
Mente a minha natureza e solidao
Sigo por caminhos excruciantes
Preservo-me da alegria virtual

Tergiverso da felicidade.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Saudades do que não existiu

Abro a porta e a vejo como um anjo vagando pelo meu mundo. Sempre que miro aquele olhar me perco na imensidao daqueles olhos castanhos. Olhos que despertam em mim a vontade de viver. Olhos que refletem toda a minha alegria. Beijo-a como se fosse a primeira vez, e entramos no carro. Rimos como a primeira risada. Brincamos como a primeira brincadeira. E o principal: amamos como da primeira vez. Na verdade desconfio que nosso amor cresce com o tempo. Mas como cresce se ja era infinito da primeira vez que a vi? Saímos do carro naquela noite fria de outono e entramos no restaurante que costumamos ir, onde o som do mar sauda nossos ouvidos, misturado com o solo do violonista sempre pronto a embalar a noite dos apaixonados. E, sim, éramos apaixonados. Naquele momento, com toda aquela gente, éramos apenas eu e ela. Nada existia. O garçom, que já nos tem como eventuais freqüentadores do local, nos traz aquela minúscula taça de vinho do Porto, que sempre nos intrigava pelo seu tamanho e sua imponência. Acompanhando, um belo fondue com uma mistura de queijos que sempre a agradava. A noite estava perfeita para nós dois. De repente ouço o ronronar de meu gato em meus ouvidos. Encontro-me com uma garrafa de vinho barato, vazia, nas mãos. Pego-me entao na solidão, em companhia apenas da minha lembrança, de certa forma atordoada pelo álcool que percorre meu sangue. E enfim, tudo se desfaz no frio do meu quarto.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ir


Agir no pensamento não traz solução
Ter o ar pra mudar pode nos fazer chorar
Não saber mudar é o ponto da questão
Viver sem solução? Viver em vão.

Voltar atrás será o ponto da questão?
Ou seguir assim, sem se mover, sem direção?
Trocar destinos, mudar caminhos, viver em paz.
Viver feliz. Ser feliz. Amar mais uma vez.

Dois personagens se confundem nessa questão
Um de passado, que o futuro se faz sem chão.
Um de presente, que seu passado se mostra real.
O seu presente que já esqueceu há tempos.

Só existe uma solução...
Viver do futuro, que não faz sofrer.